sexta-feira, 13 de junho de 2008O REVERSO DA MIDIAAtravés desses vídeos, você vai conhecer o outro lado da midia televisiva, o lado que claro, ela nunca vai fazer questão de mostrar a seu público. Destacamos aqui a maior emissora do país, a mais alienante de todas.Querem saber o que o âncora do Jornal Nacional acha dos telespectadores?! Através desses vídeo vocês vão descobrir isso, e muito mais. PENSE REFLITA QUESTIONE Até quando vamos continuar sendo Homer Simpson?! A TELEVISÃO NOSSA DE CADA DIA![]() A televisão foi criada com o propósito de informar e entreter os telespectadores, mas ela não se detém a isso. A transformaram em difusora dos objetivos capitalistas onde o que realmente importa é o lucro. Devido a sua hegemonia nos lares brasileiros, as emissoras de TV usam suas novelas e programas para seduzir e psicologicamente manipular o seu público. A televisão tem uma forte influência no desenvolvimento das crianças, pois os pais passam o dia todo trabalhando, enquanto seus filhos ficam em casa sendo educados pela “babá eletrônica”. Primeiramente essas crianças são expostas as diversas mensagens subliminares, a maioria de caráter sexual. Também vão ter contato com desenhos violentos o que estimula a agressividade e por fim, em alguns casos teremos crianças obesas por passarem o dia todo comendo em frente à TV ao invés de estarem fazendo exercícios físicos ou brincando. Com os adultos a situação não é diferente, ao chegarem do trabalho vão direto para as novelas, uma das maiores formas de alienação. Os folhetins são os ditadores de moda, de comportamento. É neles que as pessoas se inspiram para comprar suas roupas, cortar o cabelo e até mesmo na formação de sua personalidade. É muito fácil os brasileiros se mobilizarem para assistir ao último capítulo da novela ou fingir ser patriota a cada quatro anos, quando a televisão explorar a Copa do Mundo de Futebol para fazer o telespectador consumir. Agora, mobilizar-se contra a prostituição infantil, contra a exploração da nossa Amazônia, isso não, todos são muito ocupados para isso, assistir as babaquices da novela é mais interessante. quinta-feira, 12 de junho de 2008ENTREVISTAMila Devic – Atriz/ Interprete do Bando de teatro "SEM NOME”. É um esforço muito grande estudar textos, elaborar cenas, desenho de palco, marcações, iluminação e sonoplastia. A direção dos “Sem Nome” é fantástica, e o intérprete por necessidade e por osmose aprende um pouco de tudo. Este é um dos objetivos do Fábio Viana com seus alunos de teatro: o sonhar; ou melhor, realizar esses sonhos, essas fantasias. Não há pudor, nem hipocrisia. No teatro eu (enquanto intérprete ) sou linda mesmo sendo ridícula e sem medo de ser. Vocês se consideram um grupo alternativo? Alternativo ao comercial, ao que está no circuito, aquele que não segue exatamente uma regra, reflexo de uma diferença... O que você acha do teatro comercial e o próprio público que freqüenta esses espetáculos?
Será que estes adolescentes-heróis não estão na verdade a procura de novas formas de manifestação? Afinal é difícil mobilizar milhares de pessoas quando os interesses se divergiram tanto. Devic - Mas tudo é válido, desde que haja realmente uma mobilização. Até por que, hoje em dia paralisação, gritos e caras pintadas não fazem tanto efeito quanto antes. Somos uma das gerações mais privilegiadas em termos de oportunidade. Temos como fazer algo diferente e eficiente e por que não fazemos?
Tudo hoje é o "créééu". Ninguém conhece Caetano com seus cabelos revoltos, nem ouve as músicas do nosso querido Jorge Mautner. Não existe mais romantismo, apenas consumismo; até para se amar tem que ter dinheiro. Os jovens tinham seus estilos por identificação, criatividade ou ate protesto, e hoje, os estilos são fabricados em massa, todos querem ser iguais sem saber o que é esse igual. Obedecer a padrões vendidos não são os nossos valores. Qual é a identidade do brasileiro? Todas e nenhuma. Por que não existe esse orgulho em ser brasileiro? Estamos em extinção, e a nossa cultura só é bonita para satisfazer um desejo de excentricidade e de primitivismo do turista americano ou europeu. Ainda que os desejos sejam diferentes, o privilegio de poder dizê-los ou sugeri-los morreu. Deveríamos pelo menos lutar por esse direito de bradar os pensamentos de verdade de uma geração que não tem que ser a coca cola. E o que seria esse “Kaos” com K?? Gosto de viver uma vida que não precisa ter muita coisa pra ser diferente, basta mudar o seu próprio olhar sobre ela e se permitir viver nessa loucura, mas com momentos de poesia; ter a sensibilidade de enxergar essa poesia na beleza de um amanhecer, ou nas cenas cômicas da janela de um ônibus.
Ser do kaos é lutar contra dogmas, regras, conceitos e tabus impostos. Ergamos a bandeira do kaos! De que maneira vocês como atores se preparam para levar essa conscientização ao público? Como é esse contato com a platéia? Crueldade? Devic - Sim, esse é um tipo de teatro que não tem nada a ver com crueldade no sentido literal, ou sadismo. Ele na verdade é um teatro de inovação, como assim explica Antonin Artaud. Ele prega que o teatro deveria buscar no fogo das massas uma agitação essencial... Mas ainda em continuação a pergunta anterior, interagimos com a platéia, como eu já disse, literalmente de forma direta. Os atores descem do palco e cantam com o publico, pegam, brincam, questionam o mesmo. É sempre coisas polêmicas, é muito legal. Mas tem platéia que reage bem e outras que não. Pra finalizar, qual sua visão de como será o teatro mais adiante? Você acredita que a tendência é continuarmos indo mais pro lado do teatro comercial, onde não se tem exatamente uma reflexão, onde o objetivo gira mais em torno do lucro, ou acha que nós, como público, estamos começando a procurar uma alternativa a esse germe da indústria cultural? Devic - Acho que o teatro lúdico é que nos salvará de muita coisa. A “máquina” já teve sua vez, e agora está tão presente que sufoca. Eu acredito mesmo no Kaos com K. Acredito mesmo que o ser humano vai sentir a chama da sua essência revivendo, a necessidade de se sentir vivo, único. A arte nos proporciona isso. quarta-feira, 11 de junho de 2008COMERCIALIZAÇÃO DO TEATRO![]() ![]() A expressão "teatro da Broadway" ou "espetáculo da Broadway", ou simplesmente "na Broadway", costuma referir-se a uma peça ou musical apresentado em um dos 39 grandes teatros profissionais (500 assentos ou mais) localizados no Theater District da ilha de Manhattan, em Nova York. Outra maneira de se utilizar financeiramente da arte teatral é transformar peças em filmes, ou vice-versa. Pegando ainda como exemplo o caso da Broadway, recentemente foi lançado um filme chamado “O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”, uma adaptação de um musical do teatro referido. Temos também o caso do “Fantasma da Opera”, filme que rendeu alguns milhares de dólares e é também adaptação de um musical da Broadway. Um exemplo inverso é o caso da Walt Disney, que tem em seu complexo na Florida encenações de seus inúmeros filmes e desenhos. Podemos citar ainda o caso da “Multinacional Shakespeare”, que se aproveita do orgulho inglês pelo dramaturgo, e lança inúmeros produtos referentes ao mesmo. A INDÚSTRIA CULTURAL NO ÂMBITO TEATRALDentro do contexto essencialmente capitalista ao qual estamos inseridos, é muito comum o não desenvolvimento de questionamentos a respeito daquilo que consumimos ou muitas vezes fazemos. O chamado senso crítico, cada vez mais é substituído ou simplesmente aniquilado por ideais de um sistema, que nos vende a sensação de conforto e equilíbrio harmônico dos fatos. O homem de nossa época em vários aspectos continua sendo a máquina referida nos tempos modernos, mas com um significado muito mais abrangente que a forma maquinaria dos sistemas do corpo humano. Estamos inseridos em uma escala, onde a mercantilização e os meios de comunicação de massa nos proporcionam a nítida impressão de estabilidade ao fim do dia: Uma trágica noticia já não nos comove, a aceitação e o afastamento em termos temporal e sensível dos fatos, causados pela mídia, nos tornaram seres passivos e dispostos a consumir e “consumir”. Assistir ao noticiário acaba sendo um meio de informação que já não informa, pois o efeito ao final da programação, é o vazio. No teatro eficaz, o que acontece ao levante das cortinas, remete a uma determinada reflexão. A representação em tempo presente e seu desenrolar perante o público, se dá pela comunhão do real e imaginário, fundidos em um mesmo espaço. É a arte pela “arte”, aquela que traduz anseios, histórias, sentimentos e que é o retrato de uma cultura pertencente, exibida de forma natural e expressiva, sem pressões de mercado. |